Te afeta em quase tudo…
Significa que o que já era complicado, assim como vimos no nosso último post “Você já ouviu falar de mundo VUCA ou mundo VICA?” parece ter ficado ainda pior. E nos demos conta disso de uma forma ainda mais impactante durante a pandemia do COVID 19 que começou em 2020.
BANI é outro acrônimo que tenta contextualizar a realidade dos novos tempos. Vamos lá então explicar letrinha por letrinha o seu significado.
A letra B vem do Inglês (Brittleness) e significa Fragilidade:
Os últimos tempos mostraram que o mundo é frágil e que principalmente nós seres humanos somos extremamente frágeis. De uma hora para outra pode aparecer um vírus capaz de matar milhões de pessoas em todo o mundo, colapsar os sistemas de saúde, sem que tenhamos formas 100% adequadas de evitar ou tratar as doenças provocadas por ele! Um concorrente pode mudar a lógica do mercado ou uma falha num sistema de segurança pode permitir a ação de hackers do outro lado do mundo mas também afetando o nosso continente. O desmatamento, o aquecimento global… Nesse contexto, empregos não são mais garantidos, posições não são sinônimo de segurança e nem mesmo nosso patrimônio ou dinheiro nos protege dessas ameaças.
A letra A vem de ansiedade:
A certeza de que os sistemas são frágeis, que o mundo é frágil e que nós somos frágeis nos deixa ansiosos. Precisamos tomar decisões rapidamente, pois qualquer minuto perdido parece nos deixar mais para trás. Em um contexto BANI a diferença entre sucesso e fracasso pode estar no tempo de resposta às fragilidades que enfrentamos. Pesquisas mais recentes indicam que por volta de 4% da população mundial (mais de 240 milhões de pessoas – equivalente a mais de100% da população brasileira), sofrem de transtornos de ansiedade.
A letra N vem de “Não linear” (Nonlinearity)”:
Em um ambiente não linear uma pequena decisão pode ter consequências devastadoras. Um grande esforço ou mesmo uma grande volume de investimentos pode não trazer grandes resultados. Ao perder a linearidade, os altos e baixos não são proporcionais. Aprendemos que consequências de qualquer causa podem emergir rapidamente, ou podem demorar meses para que os resultados apareçam. Nada mais é certo, e isso inclui o planejamento estratégico, pois fica claro que o mesmo deve ser adaptável às novas circunstâncias, que mudam muito rápido.
A letra I vem de Incompreensível:
Tentamos achar resposta para tudo e nos baseamos em dados e nas inúmeras informações que temos de todos os lados. Contudo, a sobrecarga resulta na incompreensibilidade. Perguntar “como foi que isso aconteceu?” parece ser natural, mas a resposta não é tão óbvia assim. A quantidade de variáveis possíveis para explicar um determinado comportamento, torna praticamente impossível estabelecer uma relação de causa e efeito. A toda hora nossos conceitos e ideias mudam. Tudo acontece tão rápido que cada vez mais parece que entendemos menos.
Bem, como eu disse no post sobre o mundo VUCA, continuamos tendo que sobreviver com essas circunstâncias, e é provável que nos acostumemos cada vez mais com elas e nos adaptemos. Talvez venha daí a tentativa de cunhar a expressão “Novo normal”, para que nós de alguma forma tentemos achar que tudo isso é irreversível, e assim sendo só nos resta seguir lidando com tudo isso. Por quanto tempo e a que preço, o tempo dirá.
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