Se você quer se aprofundar no assunto inovação, um bom começo é através do Manual de Oslo. Esse manual é a fonte internacional mais importante de diretrizes para a coleta e uso de dados sobre as atividades de inovação na indústria.
A primeira edição desse manual é de 1990 e foi lançado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), “Manual de Oslo – Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica”. Mais recentemente em 2018 foi editada a sua 4ª edição. https://www.oecd.org/sti/inno/…
A OCDE é uma organização internacional composta por 38 países que promovem os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. A organização atua como uma plataforma que pretende comparar políticas económicas, solucionar problemas comuns e coordenar políticas domésticas e internacionais. A maioria dos membros da OCDE é composta por economias com um elevado PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano e são considerados países desenvolvidos. Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia são os atuais membros oficiais da OCDE.
O Brasil embora não seja oficialmente membro, é considerado parceiro estratégico, juntamente com África do Sul, China, Índia e Indonésia.
Mas voltando a falar do Manual de Oslo, esta edição de 2018 leva em conta a evolução obtida no entendimento do processo de inovação e seu impacto econômico, na experiência adquirida com recentes rodadas de pesquisa de inovação nos países membros da OCDE e também nos não associados.
Pela primeira vez o Manual de Oslo investiga o campo da inovação não tecnológica, e as ligações entre os diferentes tipos de inovação. Ele também inclui um anexo sobre a implementação de pesquisas sobre inovação em países em desenvolvimento que é o caso do Brasil.
Para a OCDE a inovação vai muito além de P&D! Vai muito além dos limites dos laboratórios de pesquisa para usuários, fornecedores e consumidores – atinge governos, empresas e organizações sem fins lucrativos, todos os setores e instituições.
Ainda segundo o manual nem tudo o que é lançado no mercado é necessariamente uma inovação. Para haver inovação são necessárias algumas características específicas segundo o tipo de inovação. O Manual distingue quatro tipos de inovação: produto, processo, marketing e organizacional.
Para haver inovação de produto é necessária a introdução de melhoria significativa nas características do produto (bem ou serviço), por exemplo, com melhora em especificações técnicas, componentes e materiais. Esse tipo de inovação altera as características funcionais do produto.
A inovação de processo pressupõe um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado, por exemplo, como a introdução de novos equipamentos de automação em uma linha de produção ou novos métodos de distribuição. Esse tipo de inovação altera as características de produção/distribuição, mas não altera necessariamente características funcionais do produto.
A inovação de marketing está relacionada com mudanças na concepção, posicionamento e promoção de produtos.
A inovação organizacional está relacionada com as práticas de negócio da empresa.
Você pode ter acesso ao Manual de Oslo consultando o link https://read.oecd-ilibrary.org…, a versão on-line é gratuita e você consegue também baixar uma versão em PDF, mas se você quiser uma versão impressa isso vai custar USD72.00 aproximadamente R$368,00 ao câmbio atual. O único inconveniente é que só existem as versões em Inglês, Francês e em Lituano.
Se você quiser uma versão em português a opção é consultar o site da FINEP (Empresa Pública do MCTI) http://www.finep.gov.br/images…, mas não necessariamente terá acesso às ultimas atualizações.
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