A inovação disruptiva é um termo cunhado pelo professor Clayton Christensen, e descreve um processo pelo qual um produto ou serviço enraíza-se inicialmente em aplicações simples na base do mercado e, em seguida, move-se para cima da pirâmide, eventualmente deslocando concorrentes já estabelecidos.
Mas quem é o professor Christensen?
Clayton Christensen é professor de Administração de Empresas na Harvard Business School. Ele é considerado um dos maiores especialistas mundiais em inovação e crescimento e suas ideias têm sido amplamente utilizadas em indústrias e organizações em todo o mundo. Em 2011, em uma sondagem de milhares de executivos, consultores e professores de escolas de negócios, Christensen foi nominado como o pensador empresarial mais influente do mundo. (1)
Um dos livros mais famosos de Clayton Christensen é o best-seller “O Dilema da Inovação”, que recebeu o Global Business Book Award como o melhor livro de negócios do ano em 1997 e em 2011 o livro foi eleito pela The Economist como um dos seis mais importantes livros sobre negócios já escritos.
Mas o que a palavra “disruptivo” significa?
À medida que as empresas tendem a inovar mais rapidamente do que as necessidades de seus clientes, a maioria das organizações acaba por produzir produtos ou serviços que são realmente muito sofisticados, muito caros e muito complicados para a grande maioria dos clientes em seu mercado. Ficam, portanto, concentradas nas camadas mais altas da pirâmide, onde se cobram preços mais altos para clientes mais sofisticados, gerando portanto uma maior rentabilidade. O professor Christensen classificou esse processo como “Inovação Sustentável”.
No entanto, ao fazê-lo, as empresas abrem involuntariamente a porta para “inovações disruptivas” na base do mercado. Uma inovação disruptiva permite que toda uma nova população de consumidores na base do mercado tenha acesso a um produto ou serviço que foi historicamente acessível apenas para os consumidores com maior poder aquisitivo.
Exemplos clássicos de Inovações Disruptivas são a dos “computadores pessoais x mainframes” e a dos “telefones celulares x telefonia fixa”.
Somente como exemplo. Há pouco mais de 30 anos atrás uma linha telefônica no Brasil, poderia custar US$ 5.000 no mercado paralelo e havia a necessidade de ser declarado no Imposto de Renda de pessoa física como um bem. Hoje estima-se a existência de 230 milhões de linhas telefônicas no Brasil e um smartphone pode ser adquirido por um pouco mais do que US$ 100.
As características dos negócios disruptivos, pelo menos em seus estágios iniciais, podem incluir: menores margens brutas, mercados-alvo menores e produtos e serviços mais simples que podem não parecer tão atraentes quanto as soluções existentes.
Inovação Disruptiva, portanto, é aquela que transforma produtos caros em acessíveis.
Christensen defende que a inovação disruptiva é a que promove o crescimento do emprego, cria novos mercados, combate o não consumo, traduzindo em um efeito econômico multiplicador na cadeia.
Dificilmente uma inovação disruptiva também não provocará um modelo de negócio totalmente diferente dos concorrentes.
Importante também lembrar que qualquer inovação, incluindo a disruptiva deve trazer maior valor percebido pelos clientes o que estimule a sua.
O vídeo com pouco mais de 7 minutos, apresenta uma entrevista com o professor Clayton, onde ele explica o conceito de Inovação Disruptiva com exemplos e de uma forma muito clara e que vale muito a pena ser assistido!
fontes: http://www.claytonchristensen.com/key-concepts/ ; http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/inovacao-na-pratica/2015/11/11/nao-e-qualquer-inovacao-que-promove-crescimento/ – post de 11-11-15
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